Plástico e Saúde: Uma Ameaça Invisível em Escala Global
A poluição plástica não é mais apenas um problema ambiental, é uma crise de saúde pública global. Segundo um novo relatorio publicado pela revista científica The Lancet, os impactos da poluição plástica vão muito além de mares contaminados e animais marinhos sufocados. Estamos falando de custos estimados em mais de US$1,5 trilhão por ano em prejuízos à saúde humana, com efeitos sentidos desde a infância até a velhice.
Microplásticos: invisíveis, mas perigosos
Os microplásticos – fragmentos minúsculos que resultam da degradação de produtos plásticos – já foram entrados em sangue humano, placentas, pulmões, leite materno e até em fezes de recém nascidos. Esses fragmentos, muitas vezes invisíveis a olho nu, carregam substâncias químicas tóxicas como ftalatos, bisfenol A (BPA), retardadores de chama e metais pesados.
Essas substâncias estão associadas a uma série de doenças crônicas, incluindo
-Câncer
-Diabetes tipo 2
-Problemas reprodutivos hormonais
-Doenças cardiovasculares
-Distúrbios do desenvolvimento neurológico em crianças
Soluções precisam ser globais (e radicais)
Especialistas alertam que reciclagem – frequentemente promovida como solução – nâo é suficiente. Menos de 10% de todo o plástico produzido no mundo é efetivamente reciclado. O restante acaba em aterros, rios e oceanos, ou é incinerado, liberando gases tóxicos.
Entre as soluções urgentes propostas:
–Adoção de um Tratado Global para Plásticos, com metas obrigatórias de redução na produção.
–Banimento de plásticos de uso único.
-Incentivo ao desenvolvimento de materiais alternativos biodegradáveis.
-Revisão de políticas tributárias para desincentivar a produção de resinas plásticas virgens.
-Adoção de sistemas de economia circular.
A responsabilidade é compartilhada
Governos, indústrias e consumidores precisam agir, Não podemos mais tratar a crise de plástico apenas como um problema ambiental. Ela é uma emergência de saúde pública.
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